domingo, 5 de setembro de 2010

O calor foi o mesmo. O sabor foi muito melhor. Talvez a frescura da madrugada fez com que sentisse ainda melhor o bater do teu coração. Não esperava te encontrar, não alí, não daquela maneira. O aperto daquele abraço foi o melhor desde a última vez que a minha mão agarrou a tua. Lembro-me daquela noite em que fugiste da cadeira ao lado da minha, da resposta que acabaste por não dar, das palavras que ficaram por dizer e das lágrimas que teimaram em não cair...
A proximidade do teu corpo ao meu fez o meu coração sorrir, a suavidade da tua pele fez-me lembrar o quanto já foste meu. E como deixaste de o ser. Mas, neste momento, eu não consegui pensar nisso. O cheiro do teu corpo, a cor do teu cabelo. A frescura do teu cheiro. Foi tudo, tanto, muito, naquele pequeno momento.