domingo, 19 de junho de 2011

Dói...

...muito mais do que tu pensas. E agora vai doer ainda mais. Há situações que acontecem quando menos esperamos, mas agora percebo o verdadeiro sentido daquela teoria que diz que o movimentar das asas de uma borboleta pode, noutro sítio longínquo, provocar uma tempestade. A minha tempestade começou. Levou-me o telhado e bocados do chão, deixou buracos na calçada que percorro todos os dias e não vai haver reconstrução em breve. Os buracos poderão ser tapados mas as mossas vão ficar, quando voltar a percorrer o caminho vou voltar a tropeçar. Um novo asfalto não vai ser a solução, lamento...E sim, os saltos de quem passou pelo caminho que eu ajudaram a fazer os buracos no chão...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Adeus?

As despedidas longas são aquelas que custam mais. Não são despedidas, não são até já. Poderiam ser, porque temos a certeza que a qualquer esquina vamos poder encontrar aquela pessoa a quem pensamos ter dito adeus. E por muito que seja um Adeus físico, um Adeus proferido com todas as letras, nunca será proferido com todo o sentimento. Porque a verdade é que nunca aprenderemos a dizer Adeus. É a palavra mais forte que conheço, e é também aquela que não consigo aplicar na minha vida. Não consigo me desligar daquilo que vivo, daquilo que sinto, daquilo que fiz, não me consigo desprender na totalidade. Não sei dizer Adeus, com todo o verdadeiro sentimento. Para mim, não existe. A palavra? Sim, a palavra consigo dizer. Adeus! Adeus! Sai-me pela boca com a mesma facilidade que o teclado do meu computador me deixa escrever. Mas o meu coraçãozinho aperta sempre que penso no significado que estas 5 letrinhas têm quando se juntam. Ela ainda não aprendeu a "dizer" adeus...será que algum dia aprenderá?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

...só de sacanagem!

"Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Por quantas provas terá ela que passar? Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira venha quebrar no nosso nariz. Meu coração está no escuro.
Tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Se mexeram comigo, com a minha velha e fiel fé, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão: - Deixa de ser boba.
E eu vou dizer:
"- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Minha esperança é imortal!"
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final."

domingo, 24 de abril de 2011

Esse teu corpo...alado!

Por detrás dos olhares que vamos encontrando ao longo da nossa vida aparecem "aquelas almas" que, na sua essência, têm uma pureza e agilidade que nos surpreende. Não conseguem se aperceber que assim o são, não demonstram muitas vezes aquilo que são... às vezes é necessário um "je ne sais quoi" para encontrar aqueles resquícios que os enchem e também esvaziam, que alimentam e destroem. Há portas que só determinadas essências que nos percorrem conseguem abrir, há fechaduras que nunca terão a chave certa, há janelas que mesmo a brisa mais suave não conseguirá transpor, há raios de sol que só alguns conseguirão ver através de um íngreme arbusto, há recantos do nosso mundo onde nunca conseguiremos chegar, há pessoas que sempre nos irão marcar, há sorrisos que nos farão parar e pensar, há coisas que inevitavelmente iremos sentir. Há sempre dentro de nós vestígios dos outros nós...e há medos que só conseguiremos ultrapassar abrindo as portas mais íntimas e deixando entrar o desconhecido que muitas vezes nos assalta e nos faz perder o chão! (E às vezes para não perdermos a cabeça perdemos o chão...) Podes não ser bom a prestar atenção, podes não ter certeza das coisas que estão vindo, podes não ter certeza das ilusões que crias, podes não ser bom a controlar o teu destino, o teu ódio e a tua raiva...mas a cada segundo não deixes de ser tu, e é essa essência de ti, esse teu corpo alado, é nesse teu mundo que eu encontro o teu brilho. Afinal, é esse o teu jeito, que não quero mudar nem reorganizar. Tens a capacidade e criatividade para fazer acontecer alguma coisa... e vai parecer mágico!
(agora sim, faz todo o sentido!)

domingo, 17 de abril de 2011

...

Sabes...era capaz de me habituar a isto!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Hoje...

apetece-me ficar junto a ti, adormecer encostada ao teu peito e acordar de madrugada e ficar a olhar para ti enquanto dormes. Não há outra imagem que me transmita tanta tranquilidade, tanta paz que consegue apagar da memória a azáfama de todos os dias, as nossas rotinas loucas e tudo aquilo que ainda nos separa.

domingo, 3 de abril de 2011

Porta trancada

Quando a tempestade chega, fechados as janelas, trancamos as portas e acomodamo-nos nos nossos cantos. Sabemos que a tempestade pode ser forte, que mesmo o cadeado mais resistente pode não resistir e que o mau tempo pode destruir as paredes mais altas e mais bem cimentadas. Que a maré pode subir e destruir a praia, trazer o lixo que a tempestade levou para o mar.
Ventos, marés e temporais também já destruiram a minha praia. Deitaram os meus muros abaixo, rebentaram as muralhas e os pilares. Mas quando o sol apareceu eu decidi "limpar a sujeira" e deixar os raios espreitarem por entre os meus estores, brilhar na minha janela, e preferi abrir a porta, já um tanto ou quanto destruída, já com a chave meio enferrujada.
Eu não vou forçar a fechadura, mas espero que encontres a tua chave e limpes a ferrugem...só assim essa porta vai ter a oportunidade de ser novamente aberta.