Por detrás dos olhares que vamos encontrando ao longo da nossa vida aparecem "aquelas almas" que, na sua essência, têm uma pureza e agilidade que nos surpreende. Não conseguem se aperceber que assim o são, não demonstram muitas vezes aquilo que são... às vezes é necessário um "je ne sais quoi" para encontrar aqueles resquícios que os enchem e também esvaziam, que alimentam e destroem. Há portas que só determinadas essências que nos percorrem conseguem abrir, há fechaduras que nunca terão a chave certa, há janelas que mesmo a brisa mais suave não conseguirá transpor, há raios de sol que só alguns conseguirão ver através de um íngreme arbusto, há recantos do nosso mundo onde nunca conseguiremos chegar, há pessoas que sempre nos irão marcar, há sorrisos que nos farão parar e pensar, há coisas que inevitavelmente iremos sentir. Há sempre dentro de nós vestígios dos outros nós...e há medos que só conseguiremos ultrapassar abrindo as portas mais íntimas e deixando entrar o desconhecido que muitas vezes nos assalta e nos faz perder o chão! (E às vezes para não perdermos a cabeça perdemos o chão...) Podes não ser bom a prestar atenção, podes não ter certeza das coisas que estão vindo, podes não ter certeza das ilusões que crias, podes não ser bom a controlar o teu destino, o teu ódio e a tua raiva...mas a cada segundo não deixes de ser tu, e é essa essência de ti, esse teu corpo alado, é nesse teu mundo que eu encontro o teu brilho. Afinal, é esse o teu jeito, que não quero mudar nem reorganizar. Tens a capacidade e criatividade para fazer acontecer alguma coisa... e vai parecer mágico!
(agora sim, faz todo o sentido!)
Gosto especialmente quando dizes "há coisas que inevitavelmente iremos sentir".
ResponderEliminarPorque é mesmo isso...
Gostei da primeira vez e ainda mais agora :)